terça-feira, janeiro 31, 2006

O amor... de novo

«Só resta chorar. Mas chorar demora muito tempo.
Eu preferia arrepender-me.
Leio de mais. Oiço de mais. Vejo de mais. Estou parado de mais, recebendo mais do que consigo receber.
O céu parece-me demasiado azul. A música é mais triste do que mesmo, os mais tristes, precisaríamos.
Deixem-me sair daqui. A única coisa que sei fazer é sentir. Preciso que me ensinem a enganar-me. Preciso que me ensinem a interromper.
Vivo de mais. Durmo de menos. Acordo para acordar os outros. É como se a luz me acompanhasse. É como se o sol, quando nascesse, viesse propositadamente acordar-me.
Estou sozinho de mais. Nas minhas estrelas não há noite nem amor. Tenho as mãos vazias, viradas para o céu, como se tivessem recebido a lua, como se tivessem ficado encharcadas da tinta da escuridão.»
O Amor é Fodido - Miguel Esteves Cardoso

O amor. De novo. O amor. Porque é ele assim? Porque nos faz perder tanto tempo? Porque nos faz mergulhar na escuridão? Tão fria escuridão. Faz-nos cair em esquecimento sem deixar esquecer. A dor que nasce. A dor que percorre a alma e o corpo. Faz viver e deixa morrer. Infindável cura. Interminavel loucura. Torna-nos demasiado simpaticos com quem, por vezes, não o merece. Demasiado compreensivos. Demasiado atenciosos. Demasiado.
Aprende-se a falar com o silencio.Não responde, nunca responde. Nunca. O mapa desenhado é um engano para a alma, mas principalmente para o coração. Caminhos a seguir, que não deveria. Caminhos a seguir, para os quais não há saida. Caminhos sem fim.
Porquê? De novo.
O espelho que só reflecte solidão e tristeza. Sem que nele se veja, ou reveja, alguma beleza. A alegria que desvanece, o sonho que permanece. Sentimento de alegria e de tristeza, de saudade e de cansaço, de amor e de ódio. Demasiados sentimentos num só corpo, num só coração. O amor é demasiado. Todo o amor é demasiado.
O amor... O amor é igual ao ódio. Como irmãos. O amor é igual ao ódio. Do amor ao ódio vai um passo, uma palavra, um simples olhar. É igual.
O amor... Faz-nos divagar nas palavras, escrevendo textos sem sentido algum, sobre tão nobres sentimentos que nos levam a lugar nenhum. Sentimentos sem nexo. Talvez. Complexos. Sim,
demasiado. De novo.
A noite. A sua escuridão, a sua frieza, a sua solidão, a sua tristeza. Divagando em pensamentos loucos. Voando entre sentimentos platónicos. Sonhando momentos. Pensando, sentindo, sonhando. Noite escuras. Noite de solidão. Noite de loucura. Noite fria. Noite de amor. Amor. De novo.
De novo. Rastos de um coração que em tempos sorria...

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Pensamos em demasia e sentimos pouco.
Mais do que máquinas precisamos de humanidade, mais do que inteligência, precisamos de afeição e doçura...!
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza.
Charles Chaplin

domingo, janeiro 08, 2006

Politiquices II

Vai começar oficialmente a campanha politica para as Presidenciais, ninguem diria!

Há palavras que nos beijam

Há palavras que nos beijam
Come se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas,
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído,
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.


Alexandre O´neill

sábado, janeiro 07, 2006

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Não fazia ideia!

Hoje descobri um site, este continha um daqueles testes para nos testarmos a nos próprios sobre algo, neste caso "quão maus somos".
E isto fez-me pensar, não muito, em como é que há pessoas que tem a paciencia de criar estes testes. Mas pelo sim pelo não, exprimentei a faze-lo, qual não foi a minha surpresa quando o resultado foi este que se segue:




How evil are you?