quinta-feira, novembro 23, 2006

Insónias

0 horas (mais coisa, menos coisa):
Deito-me. Ligo o radio, que me ajuda a adormecer. Oiço baladas.
1 hora:
Ainda bem acordado, oiço o Alta Tensão. Continuo zangado com o Freitas por me ter desilgado o telefone na cara à tempos.
1 hora e 30 minutos:
Volta e enrolo-me no lençol que está frescote.
Volta e desenrolo-me do lençol que me aperta o corpo.
Voltas e voltas e o João Pestana não vem.
2 horas:
E o crocodilo trapezista amarelo que não para de chilriar e comer alcagoitas com leite.
Para ajudar a dormir, olho as estrelas no céu... Quais estrelas? Qual céu? Estou no quarto.
2 horas e 30 minutos:
O crocodilo comeu a televisão, agora quando abre a boca ouve-se as televendas (aquela mesa pouco desmontavel e de pouca arrumação era capaz de dar jeito).
Olho aberto e nem pisca de sono.
3 horas:
Faço o crocodilo engolir o comando para desligar a televisão. Ainda me partiu uma unha com os dentes.
Bato com a cabeça na parede. Não doi. Parece almofadada...
Entram-me no quarto os senhores das batas brancas, o crocodilo esconde-se debaixo da cama, trazem uma seringa... Ai!...

2 comentários:

Anónimo disse...

insónias. Mal comum. Deve ser coisa de quem nao tem que fazer de dia, nao se cansa o suficiente..
drogas para dormir (sem sonhos) precisam-se.

Catia Soares disse...

Digamos que, se existe gaja que trata por tu essas tipas (As Insónias, portanto!), sou eu... Há meses que me acompanham! E já não existe droga que resulte... É crónico!